COTAS RACIAIS
A INVISIBILIZAÇÃO DOS PARDOS PELAS COMISSÕES DE HETEROIDENTIFICAÇÃO E O INSTITUTO JURÍDICO APLICÁVEL NA GARANTIA DO DIREITO
DOI:
https://doi.org/10.61164/remunom.v1i1.3263Palavras-chave:
Cotas, Igualdade, Inclusão social, Comissão de heteroidentificaçãoResumo
O presente estudo tem como objetivo geral analisar a juridicidade do modelo brasileiro de cotas raciais para o ingresso no ensino superior, com ênfase na inclusão de pessoas pardas, que têm sido invisibilizadas pelas comissões de heteroidentificação nas universidades federais. A pesquisa bibliográfica será a metodologia utilizada para compreender a aplicação das cotas e os desafios enfrentados por esse grupo, que, apesar de ser reconhecido como parte da diversidade étnica do Brasil, enfrenta discriminação e barreiras no acesso à educação superior. A justificativa para a escolha desse tema reside na necessidade de garantir os direitos constitucionais de todos os cidadãos, especialmente em um contexto onde a execução do sistema de cotas tem gerado injustiças, excluindo uma parte significativa da população que se autodeclara parda. A relevância da pesquisa se manifesta na urgência de promover um debate crítico sobre as políticas de inclusão, destacando a importância da equidade racial e da representatividade no ambiente acadêmico, essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A análise também pretende contribuir para a reflexão sobre a adequação do modelo vigente em relação aos princípios constitucionais que asseguram a igualdade e a dignidade humana.
Downloads
Referências
Assembleia Geral da ONU. (1948). "Declaração Universal dos Direitos Humanos" (217 [III] A). Paris. Retirado de http://www.un.org/en/universal-declaration-human-rights/ Acesso em: 01 mai. 2024.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Negros em movimento: luta e identidade política no Brasil. São Paulo: Annablume, 2002.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da União. Brasilia, 1988.
BRASIL, Ministério da Justiça. Programa Nacional de Direitos Humanos. Brasília, 1996.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 30 de agosto, 2012.
CARVALHO, José Roberto de. Políticas Afirmativas e Cotas Raciais no Brasil. São Paulo: Editora ABC, 2019.
CARVALHO, Leandro Santos; LEMOS, Marcos Antônio A. A Invisibilização eos pardos pelas comissões de heteroindentificação instituídas dentro do sistema de cotas brasileiro. Revista Gralha Azul: Periódico Científico da Escola Judicial do Paraná - EJUD, Curitiba, v. 1, n. 8, p. 26-34, out./nov. 2021. Disponível em https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/168649. Acesso em 19 nov. 2024. DOI: https://doi.org/10.29327/2134160.1.8-3
DAVILLA, Jerry D. Diploma of whiteness: race and social policy in Brazil, 1917-1945. Durham: Duke University Press, 2006.
DIAS, Marilene dos Santos. Cotas Raciais e a Constituição Brasileira. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2002.
GOMES, Joaquim. Controle Judicial das Decisões Administrativas. São Paulo: Atlas, 2020.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
NASCIMENTO, Abdias. O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018.
PETRUCELLI, José Luís, SABOYA, Ana Flávia. Diversidade racial e desigualdade no Brasil: reflexões a partir dos dados do censo. Brasília: IBGE, 2013.
SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
SANTANA, Francisco Jorge. Ações Afirmativas no Brasil: História e Perspectivas. São Paulo: Atlas, 2017.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo, 2009.
SARMENTO, Daniel. Igualdade e Não Discriminação. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2021.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
SILVA, Nelson de Oliveira. Políticas de inclusão e o sistema de cotas. Brasília: Senado Federal, 2015.
SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Petrópolis: Vozes, 2000.
SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: UFMG, 2014.
SOUZA, Jessé. A Elite do Atraso: Da Escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise: Uma Exploração Hermenêutica da Construção do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2019.
TAYLOR, Charles. A política do reconhecimento. São Paulo: UNESP, 1994.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 REMUNOM

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista, desde que adpatado ao template do repositório em questão;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Os autores são responsáveis por inserir corretamente seus dados, incluindo nome, palavras-chave, resumos e demais informações, definindo assim a forma como desejam ser citados. Dessa forma, o corpo editorial da revista não se responsabiliza por eventuais erros ou inconsistências nesses registros.
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
Obs: todo o conteúdo do trabalho é de responsabilidade do autor e orientador.

