IMPLICAÇÕES DA DEPRESSÃO INFANTOJUVENIL NA APRENDIZAGEM: análise e relação com a perspectiva da Sociologia da Educação

Autores/as

  • Dênis Sebastião Instituto Federal de Minas Gerais
  • Warlen Dionson Instituto Federal de Minas Gerais - campus São João Evangelista

DOI:

https://doi.org/10.61164/rmnm.v11i1.4140

Palabras clave:

Depressão infanto-juvenil; Aprendizagem; Sociologia da Educação.

Resumen

Este artigo tem como objetivo analisar as principais implicações da depressão infantojuvenil na aprendizagem, à luz das contribuições da Sociologia da Educação, bem como fomentar reflexões que promovam empatia e respeito à saúde mental. Metodologicamente, trata-se de pesquisa qualitativa, fundamentada em uma revisão de literatura básica, composta por obras científicas de 2020 a 2025. Os resultados indicam que a depressão pode comprometer negativamente tanto os aspectos cognitivos quanto os emocionais dos estudantes, além de ocasionar queda no rendimento escolar. Ademais, foi possível observar que o fracasso acadêmico pode, em alguns casos, atuar como fator desencadeador do transtorno depressivo, sobretudo quando associado à sensação de não pertencimento ao ambiente educacional. À luz da Sociologia da Educação, o estudo estabelece um diálogo com os pensamentos de Émile Durkheim e Pierre Bourdieu. Enquanto Durkheim é criticado por sua abordagem macrossociológica, a teoria de Bourdieu sobre o capital cultural permite compreender como as desigualdades sociais e familiares impactam a saúde mental e o desempenho escolar. Conclui-se que o estigma social e a desconsideração institucional das questões emocionais potencializam os efeitos da depressão.

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Publicado

2025-06-13

Cómo citar

IMPLICAÇÕES DA DEPRESSÃO INFANTOJUVENIL NA APRENDIZAGEM: análise e relação com a perspectiva da Sociologia da Educação. (2025). REMUNOM, 11(1), 1-16. https://doi.org/10.61164/rmnm.v11i1.4140