INFLUÊNCIA DA PRÁTICA SISTEMÁTICA DE KARATE NA AMPLITUDE DE MOVIMENTO ARTICULAR DE JOVENS ESTUDANTES

Autores

  • Rômulo Renan da Silva UGV Centro Universitário, Brasil
  • Andrey Portela UGV Centro Universitário, Brasil
  • Rafael Gemin Vidal Universidade Tecnológica Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.61164/aggmm327

Palavras-chave:

Karate, Educação Física Escolar, Flexibilidade muscular, Artes Marciais

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da implementação do Karate como atividade curricular na flexibilidade muscular de alunos do ensino médio. Adotou‐se delineamento quase‐experimental com pré e pós‐testes e grupo controle paralelo, envolvendo 63 estudantes (28 no grupo intervenção e 35 no controle). A intervenção consistiu em 24 aulas de Karate, com duração de 60 minutos e frequência de duas vezes por semana, ao longo de 12 semanas. A flexibilidade foi mensurada pelo teste de sentar e alcançar (Banco de Wells), goniometria de hiperextensão de ombro e flexímetro na técnica de Schober modificado. Os dados passaram pelo teste de normalidade de Shapiro‐Wilk, comparações com t de Student pareado e não pareado e análise do tamanho de efeito por d de Cohen. Os resultados demonstraram que o grupo intervenção obteve ganhos significativos em todas as variáveis avaliadas: sentar e alcançar aumentou de 19,62 ± 6,61 cm para 22,09 ± 6,94 cm (p < 0,01; d = 0,37), goniometria de ombro de 82,94 ± 13,11° para 87,11 ± 12,95° (p < 0,001; d = 0,31) e flexão de coluna de coluna de 24,29 ± 5,47º para 28,35 ± 5,61º (p < 0,01; d = 0,74). O grupo controle não apresentou variações significativas (p > 0,05). Conclui‐se que a prática sistematizada de Karate no contexto escolar promoveu melhorias estatisticamente e clinicamente relevantes na flexibilidade muscular de adolescentes, apontando para seu potencial como estratégia curricular em programas de educação física.

Biografia do Autor

  • Rômulo Renan da Silva, UGV Centro Universitário, Brasil

    Bacharelado em Educação Física.

  • Andrey Portela, UGV Centro Universitário, Brasil

    Doutor em Educação Física.

Referências

ANDERSON, P.; RODRIGUEZ, L. The effect of karate training on flexibility, muscle strength, and balance in 8-to-13-year-old boys. Pediatric Exercise Science, v. 22, n. 2, p. 130-140, 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão 2.4-62. Brasília, DF: MEC, 2022. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 21 jul. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jun. 2013.

BROWN, D.; WILSON, A. Changes of physical capabilities of muscular strength, power and flexibility in a karate competition. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 28, n. 5, p. 1250-1260, 2014.

CASTRO, R.; NUNES, T. Artes Marciais e Lutas na Educação Física escolar. Revisando a literatura. Revista Educação Física Atualidades, v. 22, n. 1, p. 50-70, 2021.

COHEN, J. Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. 2. ed. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1988.

CRESWELL, J. W. Research Design: Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods Approaches. 4. ed. Thousand Oaks: Sage, 2014.

FERNANDES, L.; RAMOS, P. O ensino do karatê na educação física escolar: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Educação Física, v. 20, n. 2, p. 100-120, 2019.

FIELD, A. Discovering Statistics Using IBM SPSS Statistics. 5. ed. London: Sage, 2017.

GARCIA, M.; LOPEZ, F. Effects of Karate training on basic motor abilities of primary school children. Journal of Sports Science, v. 15, n. 3, p. 200-210, 2017.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOMES, S.; OLIVEIRA, M. O esporte karatê para a melhoria do desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo-social e das capacidades motoras de crianças e adolescentes. Journal of Child Development Studies, v. 14, n. 2, p. 95-110, 2020.

KIM, S.; PARK, H. The influence of karate training on preparing preschool girls for school education. Early Childhood Education Journal, v. 45, n. 4, p. 400-410, 2019.

MARTINS, R.; SILVA, C. The relationship between arm flexibility and muscle strength and the results of Gyaku Tsuki karate punching ability. Brazilian Journal of Sports Sciences, v. 7, n. 2, p. 150-160, 2018.

MIYAGI, T.; YAMAMOTO, K. Physical and physiological profile of elite karate athletes. International Journal of Sports Physiology, v. 25, n. 1, p. 30-40, 2016.

PATEL, S.; KUMAR, N. A comparative study of flexibility among yoga, gymnastics and karate practitioners. International Journal of Movement Sciences, v. 12, n. 1, p. 60-70, 2019.

RODRIGUES, P.; ALMEIDA, F. Influência do karatê em adolescentes do ensino médio nos centros de ensino em período integral em Goiás. Revista Educação e Pesquisa, v. 16, n. 4, p. 300-315, 2017.

SILVA, A. L.; SOUZA, B. P. The role of karate in preparing boys for school education. Revista de Educação Física, v. 10, n. 2, p. 100-110, 2018.

SMITH, J. et al. Effects of a school-based karate intervention on academic achievement, psychosocial functioning, and physical fitness: a multi-country cluster randomized trial. Journal of School Health, v. 89, n. 6, p. 450-460, 2020.

SOUZA, A.; MENDES, F. As artes marciais no discurso de professores de Educação Física Escolar: “nem sempre o currículo dá certo”. Revista Educação e Cidadania, v. 21, n. 3, p. 200-215, 2018.

THOMAS, E.; CARTER, J. Role of strength training on body composition and karate performance of school children. Journal of Pediatric Sports, v. 5, n. 3, p. 220-230, 2018.

Downloads

Publicado

2025-08-15

Como Citar

INFLUÊNCIA DA PRÁTICA SISTEMÁTICA DE KARATE NA AMPLITUDE DE MOVIMENTO ARTICULAR DE JOVENS ESTUDANTES. (2025). Revista Multidisciplinar Do Nordeste Mineiro, 15(1), 1-11. https://doi.org/10.61164/aggmm327