ENTRE O SAGRADO E O HORROR:UMA LEITURA ANTROPOLÓGICA DO FILME MIDSOMMAR
DOI:
https://doi.org/10.61164/67041w53Palabras clave:
Análise fílmica; Antropologia simbólica; Coesão social; Émile Durkheim; Totemismo.Resumen
O artigo analisa o filme Midsommar (2019), de Ari Aster, sob a perspectiva da antropologia simbólica, investigando como os rituais da fictícia comunidade sueca Hårga dialogam com conceitos como mito, totemismo e coesão social. O objetivo central é interpretar as práticas culturais do grupo à luz de teorias clássicas da antropologia e psicanálise, especialmente dos trabalhos de Claude Lévi-Strauss, Émile Durkheim, Sigmund Freud e Clifford Geertz. A metodologia adotada é a análise fílmica qualitativa com abordagem hermenêutica, tratando o cinema como um texto simbólico. A pesquisa destaca o uso de rituais como encenação de mitos fundacionais e como mecanismos de organização da vida coletiva. A trajetória da protagonista Dani é lida como um rito de passagem que a transforma de forasteira emocionalmente instável em figura central integrada à coletividade. O estudo conclui que Midsommar dramatiza, de forma visual e narrativa, estruturas simbólicas que sustentam tanto sociedades arcaicas quanto nossas formas contemporâneas de pertencimento. O filme evidencia como a arte cinematográfica pode representar e questionar valores culturais, desafiando fronteiras entre racionalidade e afeto, tradição e modernidade. A análise revela o potencial do cinema para ilustrar visualmente conceitos antropológicos, ampliando o campo de reflexão da antropologia para além das etnografias convencionais.
Referencias
MIDSOMMAR. Direção de Ari Aster. Estados Unidos / Suécia. A24; Parts & Labor; B-Reel Films. 2019
COLLIS, Clark. Midsommar: how much of the horror movie is based on a real Swedish festival?. Screen Rant, [s.l.], 14 jul. 2019. Disponível em: https://screenrant.com/midsommar-movie-true-story-real-life-swedish-festival/. Acesso em: 27 jun. 2025.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FILMOW. Midsommar: O Mal Não Espera a Noite – Ficha técnica. Filmow, [s.l.], [s.d.]. Disponível em: https://filmow.com/midsommar-o-mal-nao-espera-a-noite-t255653/ficha-tecnica/. Acesso em: 27 jun. 2025.
FREUD, Sigmund. Totem e tabu. Rio de Janeiro: Imago, 2000.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
MACHADO, Rafael Siqueira; BOVE, Adrielle Luchi Coutinho. Entre cinema e antropologia: parentesco e animismo em Midsommar, de Ari Aster. CSOnline – Revista Eletrônica de Ciências Sociais, Juiz de Fora, n. 32, p. 215–236, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/30202. Acesso em: 27 jun. 2025.
VAN GENNEP, Arnold. Os ritos de passagem. Petrópolis: Vozes, 2011.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.