APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DA CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL LEED EM UMA HABITAÇÃO DE MERCADO POPULAR
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v5i1.2478Palavras-chave:
arquitetura sustentável, habitação popular, sustentabilidade socialResumo
A partir da intensificação das mudanças climáticas em escala mundial, a arquitetura pode contribuir na mitigação dos impactos ambientais a partir de construções mais sustentáveis. Nesse sentido, o artigo objetiva estudar a aplicação dos critérios da certificação ambiental Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) - que consiste numa certificação destinada às construções sustentáveis, concebida e concedida por uma organização norte-americana - a um projeto de Habitação de Mercado Popular, elaborado pela própria autora, na cidade de Belém do Pará. Em termos metodológicos, a pesquisa foi bibliográfica, em que foram considerados livros, capítulos de livro, sites de órgãos governamentais e artigos científicos qualificados. Ao longo do desenvolvimento do presente projeto, foram consideradas diversas técnicas que têm em seu escopo a sustentabilidade nas construções, sendo a principal delas a de Desenvolvimento de Baixo Impacto. Na perspectiva de avaliação do projeto, foi empregado a tabela oferecida pelo selo LEED, além de empregados dois softwares, o Flow Design e o Velux Daylight. O primeiro avalia a ventilação ao simular um túnel de vento virtual para visualizar o fluxo de ar dentro e em torno de edificações. Já o segundo, foi utilizado para averiguar o desempenho no que concerne ao acesso à iluminação natural. Ademais, por meio do checklist dos critérios, estima-se que a proposta projetual é capaz de atender aos parâmetros exigidos para o nível Gold da certificação LEED ao atender 21 dos 45 requisitos não obrigatórios e atingir 63 pontos, inclusive o requisito de produzir uma energia renovável e assim otimizar o consumo energético da residência. Sendo assim, tais estratégias, ainda pouco exploradas no Brasil, podem trazer benefícios tanto ambientalmente, visando a diminuição do uso de recursos naturais e de geração de poluentes, assim como possíveis economias financeiras e melhoria na qualidade de vida da população usuária da arquitetura sustentável.
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