VIOLÊNCIA ASSOCIADA AO GÊNERO FEMININO NA BAIXADA MARANHENSE: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS ENTRE 2013 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v6i1.3709Palavras-chave:
Violência de gênero; Violência interpessoal; Violência; Baixada Maranhense; Notificação.Resumo
Introdução: A violência de gênero, especialmente a perpetrada contra mulheres, constitui uma grave violação dos direitos humanos. Consiste em qualquer ato violento baseado no gênero que resulte ou tenha probabilidade de resultar em dano físico, sexual, psicológico ou sofrimento para a mulher, incluindo coerção ou privação arbitrária da liberdade em ambiente público ou privado. Objetivo geral: Analisar o perfil das vítimas da violência de gênero na Baixada Maranhense. Metodologia:Trata-se de um estudo transversal de natureza exploratória descritiva utilizando dados das fichas de Notificação/Investigação de Violência Interpessoal e Autoprovocada registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A amostra foi composta por mulheres residentes na Baixada Maranhense, vítimas de violência de gênero entre os anos de 2013 a 2023. Resultados: Foram notificados na Baixada Maranhense no período de 2013 a 2023 1.072 casos de violência contra a mulher, com o maior número de registros em 2020, especialmente no município de Pinheiro-MA. A violência sexual foi a mais prevalente, representando 610 casos (56,9%), seguida da violência física, com 398 casos (37,1%). Quanto ao perfil das vítimas, a faixa etária mais afetada foi de adolescentes entre 10 e 19 anos com 660 casos (61%), 282 mulheres (26,3%) tinham ensino fundamental incompleto e 808 (75%) se autodeclararam pardas. Conclusão: Este estudo contribui significativamente ao explorar fatores sociodemográficos associados à violência contra a mulher na região da Baixada Maranhense, fornecendo dados importantes sobre o perfil das mulheres vítimas desse agravo e assim, subsidiando informações que possam ser utilizadas no desenvolvimento de políticas públicas regionais.
Referências
ALEXANDRE, A.L.S.et al. Violência de gênero sob a ótica e cuidado do enfermeiro: assistência à mulher vitimada. Enfermagem Brasil. 18. 14110.33233/eb.v18i1.2433. https://doi.org/10.33233/eb.v18i1.2433 DOI: https://doi.org/10.33233/eb.v18i1.2433
ANDRADE, C.M.et al. Violência interpessoal e autoprovocada: caracterização dos casos notificados em uma regional de saúde do paraná. Cogitare Enfermagem, [S. l.], v. 25, 2020. DOI: 10.5380/ce.v25i0.63758. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/63758. DOI: https://doi.org/10.5380/ce.v25i0.63758
BOFF, R. A.et al. Vulnerabilidade socioeconômica: desigualdade social, exclusão e pobreza no Brasil. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 13, n. 38, p. 71–88, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.7648187. Disponível em:
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/848.
BORUMANDNIA, N.et al. The prevalence rate of sexual violence worldwide: a trend analysis. Bmc Public Health, [S.L.], v. 20, n. 1, 30 Nov. 2020. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/s12889-020-09926-5. DOI: https://doi.org/10.1186/s12889-020-09926-5
BRASIL. Lei Maria da Penha: LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.Disponivel em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
BRASIL, Secretaria de Transparência, Coordenação de Controle Social, Serviço de Pesquisa DataSenado. Violência doméstica e familiar contra a mulher [Internet]. Brasília: Senado Federal; 2015. Available from: https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/politica-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres
CONCEIÇÃO, H.N.et al. Epidemiological profile of violence against women in a city in the interior of Maranhão, Brazil. O Mundo da Saúde, [S.L.], v. 45, p. 056-065, 1 jan. 2021. Centro Universitário São Camilo - Sao Paulo. http://dx.doi.org/10.15343/0104-7809.202145056065. DOI: https://doi.org/10.15343/0104-7809.202145056065
COSTA, G. M.C.et al. Perfil epidemiológico da violência contra mulheres no estado da Paraíba de 2009 a 2019. Revista de Aps, [S.L.], v. 27, n. ,, 1 ago. 2024. http://dx.doi.org/10.34019/1809-8363.2024.v27.41873. DOI: https://doi.org/10.34019/1809-8363.2024.v27.41873
COSTA, L. M. O.et al. Perfil epidemiológico das notificações de lesões autoprovocadas no estado do Maranhão. Revista Cereus, [S.L.], v. 15, n. 4,, 2023. Revista Cereus. http://dx.doi.org/10.18605/2175-7275/cereus.v15n4p283-295. DOI: https://doi.org/10.18605/2175-7275/cereus.v15n4p283-295
DUARTE, M. C. et al. Gênero e violência contra a mulher na literatura de enfermagem: uma revisão. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 68, n. 2, p. 325–332, mar. 2015. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2015680220i DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167.2015680220i
FONSêCA, N.C. et al. Casos notificados de violência autoprovocada em mulheres no estado do Maranhão, 2009-2019. Studies In Health Sciences, [S.L.], v. 3, n. 1, p. 434-444, 15 mar. 2022. South Florida Publishing LLC. http://dx.doi.org/10.54022/shsv3n1-038. DOI: https://doi.org/10.54022/shsv3n1-038
GARCIA, L. P. et al. Violência por parceiro íntimo: perfil dos atendimentos em serviços de urgência e emergência nas capitais dos estados brasileiros, 2014. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 4, p. e00062317, 2018. https://doi.org/10.1590/0102-311X00062317 DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00062317
GUEDES, R.N. et al. A violência de gênero e o processo saúde-doença das mulheres. Escola Anna Nery , v. 3, pág. 625–631, jul. 2009. https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000300024 DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000300024
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo demográfico 2022; Maranhão: IBGE; 2022 [Acesso em 23 de fevereiro 2025]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/pesquisa/10094/0
LEITE, F. M.C.et al. Análise dos casos de violência interpessoal contra mulheres. Acta Paulista de Enfermagem, [S.L.], v. 36, , 2023. Acta Paulista de Enfermagem. http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2023ao00181. DOI: https://doi.org/10.37689/acta-ape/2023AO00181
LIMA,C. M. F.et al.Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 12, n.
, p. 189-201, dez. 2003 . Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742003000400003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 15 jan. 2025.
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742003000400003. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742003000400003
MARTINS, A. M. E. et al. Violência contra a mulher em tempos de pandemia da COVID-19 no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, [S. l.], v. 93, p. e 020009, 2020.Disponível em: https://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/828. DOI: https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v.93-n.0-art.828
MASCARENHAS, M. D. M. et al. Violência cometida por pessoa conhecida - Brasil, 2013. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 11, p. 3763–3772, nov. 2017. https://doi.org/10.1590/1413-812320172211.08672016 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320172211.08672016
MOROSKOSKI, M.et al. Aumento da violência física contra mulheres perpetrada por parceiros íntimos: uma análise de tendências. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, pág. 4993-5002, 2021. https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.02602020 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.02602020
PADILHA, L. et al. CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19 EM UM MUNICÍPIO DO SUDOESTE DO PARANÁ. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 26, n. 3, 2022.. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/8725. DOI: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8725
QUEIROZ, A. C.et al. Análise descritiva do perfil de casos notificados de violência por causas externas do tipo interpessoal/autoprovocada no Amazonas, período 2017 a 2022. Caderno Pedagógico, [S.L.], v. 20, n. 10, p. 4331-4344, 20 dez. 2023. South Florida Publishing LLC. http://dx.doi.org/10.54033/cadpedv20n10-002. DOI: https://doi.org/10.54033/cadpedv20n10-002
SILVA, A. et al. Caracterização da pesca artesanal em municípios da baixada maranhense-Brasil. Enciclopédia Biosfera, v. 13, n. 23, 2016. http://dx.doi.org/10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2016_023 DOI: https://doi.org/10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2016_023
SILVA, J. V. et al. Tendência das iniquidades sociais nas notificações de violência sexual no Brasil entre 2010 e 2014. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, p. e200038, 2020. https://doi.org/10.1590/1980-549720200038 DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720200038
SOUZA, I.T. et al. Perfil epidemiológico da violência interpessoal no Brasil entre 2015 e 2019. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 16, pág. e29101623204, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.23204. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23204.
TAUFFER, J. et al. Perfil dos casos de violência interpessoal e/ou autoprovocada atendidos em um hospital público do Paraná, 2014 a 2018. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, [S.L.], v. 10, n. 1, p. 0-0, 11 jan. 2020. APESC - Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul. http://dx.doi.org/10.17058/jeic.v1i1.14476. DOI: https://doi.org/10.17058/jeic.v1i1.14476
VIANA, A. L.et al. Violência contra a mulher. Revista de Enfermagem Ufpe On Line, [S.L.], v. 12, n. 4, p. 923, 4 abr. 2018. Revista de Enfermagem, UFPE Online. http://dx.doi.org/10.5205/1981-8963-v12i4a110273p923-929-2018. DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i4a110273p923-929-2018
WANZINACK,C. Análise descritiva do perfil da violência interpessoal e autoprovocada em Santa Catarina (2015-2019): um estudo ecológico exploratório, RSPSC, vol. 13, nº 2, dez. 2023.Disponivel em
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.