REPERCUSSÃO DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE DE PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.61164/rmnm.v10i1.3959Palavras-chave:
Mobilização precoce; Ventilação mecânica invasiva; cuidados intensivos.Resumo
A mobilização precoce de pacientes em ventilação mecânica invasiva (VMI) é uma estratégia terapêutica que tem ganhado destaque na prática clínica devido aos seus benefícios no estágio do tratamento intensivo. Este estudo, baseado em uma revisão integrativa da literatura, analisa os impactos da mobilização precoce, abordando seus efeitos fisiológicos, desafios e evidências científicas que sustentam sua aplicação. Pacientes submetidos à VMI frequentemente apresentam complicações como fraqueza muscular adquirida em UTI, diminuição da capacidade funcional e aumento do tempo de internação hospitalar. Baseado nestas informações, o presente trabalho é desenvolvido em forma de revisão bibliográfica, com o objetivo de reunir, analisar e sintetizar as informações disponíveis na literatura científica sobre o tema, fornecendo uma base sólida para reflexões e discussões acerca da prática clínica e seus desdobramentos. A mobilização precoce surge como uma intervenção eficaz para mitigar essas complicações, promovendo a preservação da força muscular, melhorando a ventilação espontânea e reduzindo a dependência de ventilação mecânica. Além disso, estudos indicam que essa prática contribui para reduzir o tempo de permanência em UTI, os custos hospitalares e as consequências de complicações associadas à imobilidade prolongada. Entretanto, a implementação da mobilização precoce enfrenta desafios como a necessidade de uma equipe multiprofissional capacitada, protocolos bem definidos e monitoramento especificamente para garantir a segurança do paciente. Além disso, fatores como sedação excessiva, instabilidade hemodinâmica e condições clínicas específicas podem limitar as previsões da intervenção. Os resultados da revisão reforçam que a mobilização precoce é uma prática segura e eficaz, desde que realizada de forma individualizada e em conformidade com as condições clínicas do paciente. A pesquisa destaca a necessidade de mais estudos que explorem os protocolos e os benefícios a longo prazo, ampliando sua adoção e padronização no ambiente de terapia intensiva. Em resumo, a mobilização precoce é uma estratégia promissora para a recuperação de pacientes críticos, com potencial para transformar o manejo clínico em UTIs.
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