ESTUDO DO POTENCIAL ENERGÉTICO DAS CASCAS DE ESPÉCIES DO GÊNERO Myrcia

Resumo

O presente artigo visou estimar o potencial energético das cascas de espécies do gênero Myrcia analisando seu poder calorifico, assim como determinar sua composição imediata e elementar, com perspectiva de uso em co-geração de energia. Foram realizadas quatro principais análises: análise elementar, que quantifica os elementos carbono, hidrogênio e oxigênio presentes na amostra; análise imediata, que avalia teores de cinzas, umidade e material volátil; e o cálculo do poder calorífico superior e inferior (PCS, PCI), que reflete o potencial energético do material. Além disso, foi realizada a caracterização granulométrica das partículas usando o software ImageJ para avaliar a distribuição do tamanho das partículas da biomassa. A caracterização do pó de serra das espécies de cumatê mostraram cinzas de 1,89%, materiais voláteis de 72,54% e carbono fixo de 25,54%. Já a composição elementar consistiu de 49,42% de carbono, 6,04% de hidrogênio e 42,67% de oxigênio. Por análise de imagem digital, o pó de serra mostrou diâmetro médio de 1,96 mm e baixa esfericidade. O PCS e PCI foram próximos a 20 MJ/kg. A biomassa das espécies de cumatê estudadas demonstraram um potencial energético semelhante às biomassas amazônicas de outras espécies já empregadas em processos de combustão. Por isso, os resíduos da biomassa destas espécies podem ser aproveitados no processo de co-geração de energia.