TOXINAS OFÍDICAS COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA DOENÇA DE CHAGAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.61164/wk7br193Palavras-chave:
Bothrops, serpentes, toxinas, tripanocida, terapêutico.Resumo
As toxinas presentes no veneno de serpentes do gênero Bothrops, tem propriedades biológicas e potenciais aplicações farmacológicas contra a Doença de Chagas. Nesta revisão foram selecionados artigos da última década, a partir de bases como SciELO, PubMed e Web of Science. Os estudos demonstraram que as toxinas botrópicas possuem mecanismos diversos de ação, com atividades terapêuticas relevantes, como ação anticoagulante, antitumoral, imunomoduladora e, especialmente, tripanocida. Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas clínicas, as toxinas de Bothrops representam uma fonte promissora para o desenvolvimento de novos fármacos.
Referências
ALENCAR, L. R.V, et al. Diversification in vipers: Phylogenetic relationships, time of divergence and shifts in speciation rates. ResearchGate, 2016. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1055790316301853. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ympev.2016.07.029
BARBO, F. E, et al. Speciation process on Brazilian continental islands, with the description of a new insular lancehead of the genus Bothrops (Serpentes, Viperidae). Systematics and Biodiversity, London, 2022. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/14772000.2021.2017059. DOI: https://doi.org/10.1080/14772000.2021.2017059
BONILHA, A. L. C. Impacto da utilização de diferentes formas evolutivas de Trypanosoma cruzi no processo de screening de novos fármacos. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, 2021. Disponível em: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1799.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doença de Chagas. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/doenca-de-chagas.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Doença de Chagas. Portaria nº 397, de outubro de 2018. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/doenca-de-chagas/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-doenca-de-chagas-_-relatorio-de-recomendacao.pdf
CALVETE, J. J. Venomics: integrative venom proteomics and beyond. Biochemical Journal. London, 2017. Disponível em: https://portlandpress.com/biochemj/article-abstract/474/5/611/49686/Venomics-integrative-venom-proteomics-and-beyond?redirectedFrom=fulltext. DOI: https://doi.org/10.1042/BCJ20160577
CASTILLO-VIGIL, A. Susceptibilidad de Trypanosoma cruzi a diferentes venenos de serpientes de Costa Rica. Boletín de Malariologia y Salud Ambiental, 2008.
Disponível em: https://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1690-46482008000200004.
CONCEIÇÃO, M. G.; OLIVEIRA, M. G. X; MARTINEZ, L. L. O potencial terapêutico das toxinas ofídicas brasileiras e as pesquisas clínicas para o desenvolvimento de novos medicamentos. Revista Arquivos Médicos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 2023. Disponível em: https://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/935. DOI: https://doi.org/10.26432/1809-3019.2023.68.011
DEOLINDO, P. et al. A atividade da l-aminoácido oxidase presente em frações do veneno de Bothrops jararaca é responsável pela indução de morte celular programada em Trypanosoma cruzi. Toxicon, v. 56, p. 944-955, 2010. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20615423/. DOI: https://doi.org/10.1016/j.toxicon.2010.06.019
DIAS, J. C. P. et al. 2nd brazilian consensus on Chagas disease, 2015. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Brasília, DF, 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27982292/.
DIAS, J. V. et al. Conhecimentos sobre Triatomíneos e sobre a Doença de Chagas em localidades com diferentes níveis de infestação vetorial. Ciência & Saúde Coletiva. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/P5NFZSpbSN4hYzyCJ8pSDbd/abstract/?lang=pt. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015217.07792015
EL-AZIZ; SOARES; STOCKAND. Snake Venoms in Drug Discovery: Valuable Therapeutic Tools for Life Saving. Toxins, Suíça, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31557973/
FIOCRUZ. Doença de Chagas. Rio de Janeiro, RJ: Fundação Oswaldo Cruz, 2013. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/doenca-de-chagas.
FREIRE, M. C. L. C. et al. Non-Toxic Dimeric Peptides Derived from the Bothropstoxin-I Are Potent SARS-CoV-2 and Papain-like Protease Inhibitors. Molecules, Suíça, 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34443484/ DOI: https://doi.org/10.3390/molecules26164896
GRABNER, A. N. BMAJ-II, uma Fosfolipase A2 Homóloga Básica da Peçonha da serpente Bothrops marajoensis com potencial parasiticida. Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2016. Disponível em: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1013.
GUTIÉRREZ, J. M. et al. Snakebite envenoming. Nature Reviews Disease Primers, 2017. Disponível em: https://www.nature.com/articles/nrdp201763. DOI: https://doi.org/10.1038/nrdp.2017.63
HONIGBERG, B. M. Evolutionary and systematic relationships in the flagellate order Trichomonadida Kirby. Journal of Protozoology, v.10, p.20 - 63, 1963. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1550-7408.1963.tb01635.x. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1550-7408.1963.tb01635.x
LIMA, R. S.; TEIXEIRA, A. B.; LIMA, V. L. S. Doença de Chagas: uma atualização bibliográfica. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (Fametro), 2019. Disponível em: https://www.rbac.org.br/artigos/doenca-de-chagas-uma-atualizacao-bibliografica/. DOI: https://doi.org/10.21877/2448-3877.201900727
MACHADO, T.; SILVA, V. X.; SILVA, M. J. J. Phylogenetic relationships within Bothrops neuwiedi group (Serpentes, Squamata): Geographically highly-structured lineages, evidence of introgressive hybridization and Neogene/Quaternary diversification. Elsevier, New York, EUA, 2014. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1055790313003898. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ympev.2013.10.003
MELLO, C. P. Estudo in vitro da atividade tripanocida da batroxicidina – catelecidina da glândula de veneno da serpente Bothrops atrox. Repositório UFC, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/25129
MENDES, B. B. et al. Eficácia de novas abordagens terapêuticas para a doença de Chagas: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Revisão de Saúde, 2023. Disponível em: https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/BJRH-0_1f3494c4e1e0c72f677c705a95930ae5/Details?print=1
MORILLO, C. A. et al. Randomized Trial Of Benznidazol for Chronic Chagas’ Cardiomyopathy. The New England Journal of Medicine, London, 2015. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1507574
NUNES, M. L. C. et al. Acidentes com animais peçonhentos no Brasil: uma revisão integrativa. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, Paraná, 2022. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/saude/article/view/8262 DOI: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i2.2022.8262
OLIVEIRA, A. L. et al. The chemistry of snake venom and its medicinal potential. Nature Reviews Chemistry, New York, EUA, 2022. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41570-022-00393-7
OLIVEIRA, C. S. Caracterização bioquímica e funcional de lectinas tipo c de venenos de serpentes do gênero Bothrops. UNIR – Universidade Federal de Rondônia, 2015. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/294853975.pdf
OLIVEIRA, K. K. S. Investigação da resposta imune induzida por veneno de Bothrops erythromelas em cultura de células mononucleares infectadas com Trypanosoma cruzi. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) – Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30971
OLIVEIRA, V. X. et al. Peptídeos antiprotozoários derivados de veneno de escorpião, molécula de ácido nucleico os codificando, composição os compreendendo, bem como seus usos. Universidade Federal do ABC (UFABC), 2019. Disponível em: https://bv.fapesp.br/pt/papi-nuplitec/1155/peptideos-antiprotozoarios-derivados-de-veneno-de-escorpiao-molecula-de-acido-nucleico-os-codificand
PEREIRA, T. P. Efeito tripanocida da L-amino oxidase isolada do veneno da Bothrops marajoensis. Repositório UFC, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/13596
RAJÃO, M. A. et al. Unveiling Benznidazole's mechanism of action through overexpression of DNA repair proteins in Trypanosoma cruzi. Environmental and Molecular Mutagenesis, Hoboken, New Jersey, 2014. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/em.21839
RASSI, A. Tratamento Etiológico da Doença de Chagas - Sociedade Brasileira de Cardiologia, 1982. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/270647812_Tratamiento_etiologico_da_doenca_de_Chagas
ROSAS, N. S. C.; EVANGELISTA, J. S. A. M. In vitro evaluation of anti-Leishmania and anti Trypanosoma cruzi activity of viperidae venoms. Toxicon, Amsterdam, 2016.
SANTOS, A. A. A. et al. Utilização de Toxinas Ofídicas Como Mecanismos Farmacológicos. Revista Multidisciplinar em Saúde, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/23633 DOI: https://doi.org/10.51161/integrar/rems/3847
SILVA, M. A. Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade da fosfolipase A2 BnSP-6, isolada da peçonha de Bothrops pauloensis sobre células de câncer de mama MDAMB-231: Uma análise sobre o ciclo celular. Repositório UFU, 2016. Disponível: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36238
SILVA, M. A., et al. Genotoxic effects of BnSP6, a Lys49 phospholipase A2 (PLA2) homologue from Bothrops pauloensis snake venom, on MDAMB231 breast cancer cells. International Journal of Biological Macromolecules, 2018. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0141813018304653 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijbiomac.2018.06.082
SOUZA, L. L. Identificação dos componentes citotóxicos do veneno da serpente Bothrops atrox e caracterização dos efeitos celulares e metabólicos induzidos pela proteína recombinante L-aminoácido oxidase (LAAO). Repositório UFMG, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/72542
SUNITHA, K. et al. Inflammation and oxidative stress in viper bite: an insight within and beyond. Toxicon, Amsterdam, 2015. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0041010115000537. DOI: https://doi.org/10.1016/j.toxicon.2015.02.014
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.