CURRÍCULO E HORTA ESCOLAR: SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE COP30

Resumo

Este estudo analisa a horta escolar como estratégia pedagógica no contexto da educação para a sustentabilidade, conectando currículo, práticas educativas e documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Plano Nacional de Educação (PNE). A pesquisa de caráter documental e bibliográfico permitiu a análise de políticas educacionais, diretrizes curriculares e produção acadêmica relevante sobre educação ambiental, sustentabilidade e currículo. Fundamenta-se em autores como Paulo Freire, Moacir Gadotti, Enrique Leff e Isabel Cristina de Moura Carvalho, que oferecem perspectivas críticas sobre a formação de sujeitos conscientes, críticos e comprometidos com a cidadania ambiental. A horta escolar é apresentada como um “laboratório vivo” capaz de integrar dimensões cognitivas, afetivas e práticas do ensino, articulando conhecimento científico e saberes tradicionais. Sua implementação no currículo favorece o desenvolvimento de competências transversais, como pensamento científico, colaboração e comunicação, além de promover hábitos de alimentação saudável e consciência ambiental. A prática da horta também evidencia o currículo oculto, promovendo valores socioemocionais como responsabilidade, paciência, trabalho em equipe e cuidado com o meio ambiente. Os resultados indicam que a horta escolar potencializa a aprendizagem interdisciplinar em áreas como ciências naturais, matemática, língua portuguesa, história e geografia, enquanto fortalece a participação da comunidade escolar e a segurança alimentar. Além disso, contribui para a formação de cidadãos ecológicos, capazes de compreender e intervir nos desafios socioambientais locais e globais, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e aos debates da COP30.