MEL DE TIÚBA (Melipona fasciculata)

UM ESTUDO REOLÓGICO

Autores

  • Caio Henrique Borges Lima Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Caíque Douglas Pantoja Gomes Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Ewerton Carvalho de Souza Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Antonio dos Santos Silva Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.61164/rmnm.v2i1.1784

Palavras-chave:

Produto de origem animal, Amazônia, Propriedades físicas

Resumo

Os Meliponíneos, também chamados de abelhas sem ferrão, abelhas nativas ou abelhas indígenas, são espécies encontradas abundantemente em regiões tropicais e subtropicais e que vivem em colônias e se caracterizam por apresentarem seu aparelho ferroador atrofiado. Este presente trabalho tem como objetivo determinar o perfil reológico do Mel de Melipona fasciculata proveniente do Estado do Pará, em diferentes temperaturas, aplicando testes estatísticos adequados para a avaliar a diferença de viscosidade na variação de temperatura do produto. Nota-se que a diminuição da temperatura faz com que aumente a viscosidade do mel, tornando a velocidade do seu fluxo mais lento; de forma inversa ocorre com o aumento da temperatura, em que a viscosidade diminui. Desse modo, é possível observar que o modelo polinomial com cinco termos (ou função polinomial do 4º grau) foi o que melhor se adequou aos dados, pois apresentou um coeficiente de determinação igual a 0,9998, muito próximo do valor 1,0. A partir da análise estatística, foi possível provar que o aumento da temperatura, não influencia de maneira significativa na viscosidade do produto, o que, no entanto, pode afetar os aspectos sensoriais deste. Ademais, foi possível obter um modelo matemático que relaciona estas duas propriedades, sendo possível calcular esta viscosidade na variação de temperatura de 10 a 60 ° C.

Biografia do Autor

  • Caio Henrique Borges Lima, Universidade Federal do Pará (UFPA)

    Acadêmico do curso de bacharelado em farmácia da UFPA.

  • Caíque Douglas Pantoja Gomes, Universidade Federal do Pará (UFPA)

    Acadêmico do curso de bacharelado em farmácia da UFPA.

  • Ewerton Carvalho de Souza, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

    Licenciado em Química (UFPA); Engenheiro Ambiental (UEPA); Químico Industrial (UFPA); Mestre e Doutor em Química Analítica (UFPA). Professor Adjunto da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus de Belém do Pará.

Referências

ABU-JDAYIL, B.; GHZAWI, A. A. M.; AL-MALAH, K. I. M. et al. Heat effect on rheology of light and dark-colored honey. Journal of Food Engineering, v.51, p.33-38. 2002. DOI:10.1016/S0260-8774(01)00034-6. DOI: https://doi.org/10.1016/S0260-8774(01)00034-6

BHANDARI, B.; D'ARCY, B.; KELLY, C.. Rheology and crystallization kinetics of honey: present status. International Journal of Food Properties, v. 2, n. 3, p. 217-226, 1999. DOI: 10.1080/10942919909524606 DOI: https://doi.org/10.1080/10942919909524606

BRASIL. Ministério da Agricultura. Instrução normativa número 11, de 20 de outubro de 2000. Regulamento técnico de identidade e qualidade do mel. D.O.U., Seção I, p.16-17. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/.

CAMPOS, G. Melato no mel e sua determinação através de diferentes metodologias. Belo Horizonte, 1998. 178p. Tese (Doutorado) - Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36695.

DERP, E.. Meliponicultura. Boletim Didático, n. 141, p. 56-56, 2018. Disponível em: https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/BD/article/view/408.

FERNANDES, Rachel Torquato et al. Características de qualidade do mel de abelha Tiúba (Melipona fasciculata Smith, 1854, Hymenoptera, Apidae), como contribuição para sua regulamentação. 2017. Disponível em: https://www2.unesp.br/sharer.php?noticia=27778.

FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. ISBN 978-85-216-1468-5.

HALLIDAY, RENICK, WALKER. Fundamentos de Física, v. 1 e 2. Editora LTC, 6° edição Livro de atividades experimentais (Física Experimental – Mecânica dos fluidos – Viscosímetro de Stokes), 2016.

HOLANDA, C. A. et al. Qualidade dos méis produzidos por Melipona fasciculata Smith da região do cerrado maranhense. Química Nova, v. 35, n. 1, p. 55-58, 2012. https://doi.org/10.1590/S0100-40422012000100011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422012000100011

MAIA, U. M. et al. Meliponicultura no Rio Grande do Norte. Brazilian Journal of Veterinary Medicine, v. 37, n. 4, p. 327-333, 2015. Disponível em: https://bjvm.org.br/BJVM/article/view/425.

RAUBER, T. A.; CIRIATO, A. Meliponicultura e seus desafios: Proposta de uma nova alternativa com sustentabilidade. v. 17, n. 05, 2017.

SODRÉ, G. S. et al. Caracterização físico-química de amostras de méis de Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) do Estado do Ceará. Ciência Rural, v. 37, n. 4, 2007. https://doi.org/10.1590/S0103-84782007000400036. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-84782007000400036

VENTURIERI, G. C.; RAIOL, V. F. O.; PEREIRA, C. A. B. Avaliação da introdução da criação de Melípona fasciculata (Apidae: Meliponina), entre os agricultores familiares de Beagança – Pa, Brasil. Revista Biota Neotropica, v. 3. n.2, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1676-06032003000200003

VENTURIERI, G.. Meliponicultura: criação de abelhas indígenas sem ferrão. 2. ed. rev. atual. Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2008. ISBN 978-85-87690-76-0. Disponível em: https://www.embrapa.br/documents/1355163/40485433/0919_24_Cria%C3%A7%C3%A3o+de+abelhas+ind%C3%ADgenas+sem+ferr%C3%A3o_Curso_Melipon%C3%ADneos/7a59b28c-afbd-d386-3d19-1c3c92086af3.

Downloads

Publicado

2024-02-29

Como Citar

MEL DE TIÚBA (Melipona fasciculata): UM ESTUDO REOLÓGICO. (2024). REMUNOM, 2(1). https://doi.org/10.61164/rmnm.v2i1.1784