SATISFAÇÃO LABORAL DE FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA EM MOÇAMBIQUE

Resumen

As instituições financeiras, pela sua natureza, constituem um ambiente de alto risco operacional e complexidade que merecem maior atenção e cuidado, pelo que, importa analisar o nível de satisfação dos funcionários que nelas se encontram inseridos. Este artigo, analisa a satisfação laboral de funcionários de uma instituição financeira moçambicana, tomando por base, a Escala de Satisfação no Trabalho (EST) com recurso ao modelo das cinco dimensões de satisfação (salário, chefia, colegas, ambiente de trabalho e promoções). Fizeram parte da amostra, 29 funcionários com idades entre os 25-45 anos, dos quais, 16 correspondentes a 55% do sexo feminino e os remanescentes 13 (45%) do sexo masculino. Para apurar o nível de satisfação destes funcionários, foram realizadas entrevistas com questões previamente concebidas e enquadradas na EST, cujos resultados demonstraram elevado nível de insatisfação nas dimensões relacionadas com promoções, chefia e natureza do trabalho, uma vez que os entrevistados não exitaram em afirmar que sairiam para outras instituições do mesmo ramo de actividade, ainda que o aumento salarial não fosse significativo. A componente salarial, demonstrou-se muito importante devido ao risco operacional que caracteriza as actividades desempenhadas neste sector, concorrendo para prevalência de cenários ligados a fraudes financeiras envolvendo funcionários desta instituição.  No entanto, os resultados da dimensão satisfação com colegas foi a que apresentou resultados positivos, comprovando deste modo, a existência de uma forte colaboração entre os membros das equipas, promovendo assim, o espírito de coesão e entreajuda no meio laboral. Estes resultados, despoletam a necessidade de uma intervenção no sector financeiro moçambicano, com vista a reverter o actual cenário, passando necessariamente pela valorização do capital humano, através da melhoria significativa do ambiente em que as actividades são desempenhadas, incluindo questões de formação sobre liderança para os órgãos de chefia e direção, assim como a revisão das políticas salarias que actualmente vigoram.