VALIDAÇÃO PSICOMÉTRICA DO MODELO CHADREQUE DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM CONTEXTO MILITAR: ESTUDO DE CASO NO INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS DE DEFESA (ISEDEF), MOÇAMBIQUE
DOI:
https://doi.org/10.61164/nkxyrx17Palabras clave:
Qualidade de Vida no Trabalho; Instituições Militares; Modelo Chadreque; Gestão de Pessoas.Resumen
Este artigo apresenta a primeira aplicação empírica e validação psicométrica do Modelo Chadreque de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), concebido para instituições militares africanas. O estudo decorreu no Instituto Superior de Estudos de Defesa (ISEDEF), Moçambique, visando testar a aplicabilidade do modelo, aferir a percepção das suas doze dimensões e avaliar a sua utilidade diagnóstica. Aplicou-se um questionário de 58 itens a 72 profissionais (militares, docentes civis e técnicos administrativos). A análise incluiu estatística descritiva e análise factorial exploratória (rotação Varimax). O índice KMO (0,79) e os alfas de Cronbach (0,70–0,87) sustentam a fiabilidade e a adequação da estrutura dimensional. Os resultados evidenciam forte valorização das dimensões simbólicas (identidade militar, relevância da missão) e fragilidades em aspectos operacionais (equilíbrio vida–trabalho, justiça organizacional percebida e condições de trabalho). Conclui-se que o Modelo Chadreque é conceptualmente robusto e psicometricamente consistente, recomendando-se a sua utilização como ferramenta de diagnóstico em contextos militares do Sul Global e o seu aprofundamento por via de estudos comparativos e longitudinais.
Descargas
Referencias
ADAMOLEKUN, Ladipo. Public administration in Africa: Main issues and selected country studies. Boulder: Westview Press, 2002.
CHADREQUE, Juvenal Laurinda da Silva. Modelo Chadreque de Qualidade de Vida no Trabalho no Contexto Militar Moçambicano. Tese (Doutoramento em Gestão de Empresas) – Universidade São Tomás de Moçambique, Maputo, 2025.
CHIKULO, Bornwell. Rethinking public service motivation in Africa: Contextual imperatives and organisational realities. African Public Management Review, v. 11, n. 2, p. 56–74, 2022.
COLQUITT, Jason A. On the dimensionality of organizational justice: A construct validation of a measure. Journal of Applied Psychology, v. 86, n. 3, p. 386–400, 2001. DOI: https://doi.org/10.1037//0021-9010.86.3.386
DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
FERREIRA, Aline; BARROS, Jorge. Qualidade de vida no trabalho e saúde mental: desafios contemporâneos. Revista Brasileira de Psicologia Organizacional, v. 27, n. 1, p. 89–105, 2021.
FERREIRA, Aline; MENDES, Antonio M. Qualidade de vida no trabalho e estratégias defensivas em policiais militares. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, v. 18, n. 1, p. 1–10, 2018.
GOMES, Rui. Coesão e motivação nas organizações militares: Estudo da Força Aérea Portuguesa. Revista Militar, v. 2682, p. 149–167, 2017.
GREENBERG, Jerald. Organizational justice: Yesterday, today, and tomorrow. Journal of Management, v. 16, n. 2, p. 399–432, 1990. DOI: https://doi.org/10.1177/014920639001600208
HAIR, Joseph F. et al. Análise multivariada de dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
HACKMAN, J. Richard; OLDHAM, Greg R. Motivation through the design of work: Test of a theory. Organizational Behavior and Human Performance, v. 16, n. 2, p. 250–279, 1976. DOI: https://doi.org/10.1016/0030-5073(76)90016-7
HUTCHFUL, Eboe. Security sector reform in Africa: A survey of the reform landscape and key policy issues. In: CODESRIA (org.). Governing Security in Africa. Dakar: CODESRIA, 2003. p. 15–46.
KARASEK, Robert. Job demands, job decision latitude, and mental strain: Implications for job redesign. Administrative Science Quarterly, v. 24, p. 285–308, 1979. DOI: https://doi.org/10.2307/2392498
KIGGUNDU, M. N. The design of management systems in Africa. International Journal of Public Sector Management, v. 4, n. 3, p. 17–25, 1991.
KNUDSEN, Hans. Well-being in rigid organizations: Rethinking job quality in security sectors. European Journal of Work and Organizational Psychology, 2020.
KOESZEGI, Sabine T.; ZUSCINOVA, Zuzana; KLEIN, Claudia. Military identity and cohesion in the 21st century. Defence Studies, v. 20, n. 4, p. 319–334, 2020.
KWAME, Emmanuel; ADU, Felix; MENSAH, Richard. Rethinking military organizational culture in sub-Saharan Africa: A quality of work life approach. African Journal of Military Studies, v. 4, n. 1, p. 33–49, 2023.
LAWLER, Edward E. Strategies for improving the quality of work life. American Psychologist, v. 37, n. 5, p. 486–493, 1982. DOI: https://doi.org/10.1037//0003-066X.37.5.486
LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de vida no trabalho: conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo: Atlas, 1996.
MARTEL, Jean-Pierre; DUPUIS, Gilles. Quality of work life: Theoretical and methodological problems, and presentation of a new model and measuring instrument. Social Indicators Research, v. 77, n. 2, p. 333–368, 2006. DOI: https://doi.org/10.1007/s11205-004-5368-4
MBEMBE, Achille. Critique of Black Reason. Durham: Duke University Press, 2017. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv125jgv8
MHONE, Guy. Labour market discrimination and postcolonial African states. International Labour Review, v. 142, n. 4, p. 475–501, 2003.
MUNENE, John C. Notions of work among the Baganda: Implications for motivation theory. International Journal of Psychology, v. 30, n. 4, p. 495–505, 1995.
NGOMA, Mduduzi; ADEBAYO, Ayodeji. Quality of work life in African militaries: An emerging research agenda. African Journal of Military Studies, v. 3, n. 1, p. 23–44, 2023.
NDLOVU-GATSHENI, Sabelo J. Epistemic freedom in Africa: Deprovincialization and decolonization. London: Routledge, 2018. DOI: https://doi.org/10.4324/9780429492204
REBELO DA SILVA, Helena. Stress e bem-estar psicológico em contextos militares e policiais: factores de risco e protecção. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 22, n. 2, p. 435–447, 2021.
SIRGY, M. Joseph et al. A new measure of quality of work life (QWL) based on need satisfaction and spillover theories. Social Indicators Research, v. 55, n. 3, p. 241–302, 2001. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1010986923468
SOETERS, Joseph; WINSLOW, Donna; WEIBULL, Anders. Military culture. In: CAFORIO, G. (Ed.). Handbook of the Sociology of the Military. New York: Springer, 2006. p. 237–254. DOI: https://doi.org/10.1007/0-387-34576-0_14
SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologies of the South: Justice against epistemicide. London: Routledge, 2014.
TAPSCOTT, Chris. Security governance and civil–military relations in Africa. African Security Review, v. 28, n. 2, p. 129–142, 2019.
TARIS, Toon W. et al. The concept of quality of working life: A critical review and research agenda. Work & Stress, 2021.
VAN DE VOORDE, Karina; BEIJER, Susanne. Quality of work and organizational performance: A review of conceptual and empirical developments. Human Resource Management Journal, 2022.
WALTON, Richard E. Quality of work life: What is it? Sloan Management Review, v. 15, n. 1, p. 11–21, 1973.
WARR, Peter. Work, unemployment, and mental health. Oxford: Clarendon Press, 1987.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista, desde que adpatado ao template do repositório em questão;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Os autores são responsáveis por inserir corretamente seus dados, incluindo nome, palavras-chave, resumos e demais informações, definindo assim a forma como desejam ser citados. Dessa forma, o corpo editorial da revista não se responsabiliza por eventuais erros ou inconsistências nesses registros.
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
Obs: todo o conteúdo do trabalho é de responsabilidade do autor e orientador.
