O FAZER DOCENTE NO/DO CAMPO E SUAS APROXIMAÇÕES COM O LETRAMENTO CRÍTICO TRANSFORMADOR
DOI:
https://doi.org/10.61164/snw16v78Palavras-chave:
Letramento crítico; Formação continuada; Educação no campo; Prática docente; Colaboração escolar.Resumo
O presente estudo analisou as condições estruturais e formativas que influenciam a prática docente e o desenvolvimento de práticas de letramento crítico-transformador na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental (EMEIF) de Carapina, localizada na zona rural do município de Cametá, Pará. A abordagem adotada foi qualitativa e crítica, fundamentada na perspectiva dialógica de Paulo Freire. Foram realizadas observações participantes e entrevistas semiestruturadas com professores e coordenadores pedagógicos da instituição. Os resultados evidenciaram a precariedade estrutural da escola, a insuficiência e inadequação das formações continuadas oferecidas pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), e a limitada colaboração entre docentes, restrita a espaços formais e pontuais. Esses fatores comprometem a implementação de práticas pedagógicas que promovam o letramento crítico, além de refletirem uma negligência estatal que fere direitos constitucionais e amplia desigualdades sociais. O estudo ressalta a necessidade de políticas educacionais que valorizem a formação continuada contextualizada, o suporte material e pedagógico, e a construção coletiva do conhecimento docente, para que a educação no campo possa cumprir seu papel emancipador e transformador.
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