ALÉM DO VÉU DA REALIDADE: FILOSOFIA E SIMULAÇÃO EM 13º ANDAR E HUME

Resumo

O filme 13º Andar explora questões filosóficas relacionadas à percepção, realidade e conhecimento, conectando-se às ideias de David Hume. Este filósofo iluminista defendia que todo conhecimento humano deriva de impressões sensoriais, mas que essas impressões são limitadas e sujeitas a enganos. O filme levanta dilemas epistemológicos ao apresentar um mundo virtual onde as percepções dos personagens são manipuladas, questionando a confiabilidade do que entendemos como real. Desenvolvimento: Em 13º Andar, os personagens enfrentam a descoberta de que habitam uma simulação, evidenciando a fragilidade das impressões sensoriais. Para Hume, a realidade percebida é condicionada pela mente humana, que pode ser enganada. O filme também reflete o ceticismo do filósofo sobre a causalidade, que seria uma construção mental baseada em padrões observados, e não uma verdade objetiva. No mundo virtual do filme, as leis são programadas, ressaltando a artificialidade do que aparenta ser causal. Além disso, a narrativa destaca os limites do intelecto humano que depende das experiências sensoriais para formar ideias. Os personagens não conseguem acessar uma realidade plena, assim como a mente humana está restrita à sua percepção subjetiva. Considerações Finais: 13º Andar dialoga com as teorias de Hume ao questionar a autenticidade da realidade e a confiabilidade das percepções humanas. O filme reforça a visão humana de que o conhecimento é mediado pela experiência e limitado pela mente, levantando discussões sobre a coexistência entre o real e o virtual. A narrativa provoca reflexões sobre os limites do entendimento humano e a manipulação daquilo que percebemos como verdadeiro.