IMPACTO DO CONSUMO DE PSICOFÁRMACOS (RITALINA®) NA SAÚDE MENTAL DE UNIVERSITÁRIOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.61164/7zfzyp87Palavras-chave:
universitários, psicofármacos, consumo, desempenho acadêmico, psicoestimulantes, saúde mentalResumo
A transição para o ensino superior pode ser um período de estresse e dificuldades de adaptação, impactando a saúde mental dos estudantes e favorecendo o aparecimento de transtornos como depressão e ansiedade. Fatores como a baixa frequência de atividades recreativas, insatisfação com o desempenho acadêmico e a falta de apoio emocional são considerados riscos para a saúde mental. Além disso, a sobrecarga de atividades, dificuldades financeiras e altas expectativas aumentam o sofrimento psicológico. O desamparo institucional em relação às necessidades psicossociais dos estudantes também contribui para esse cenário. O uso de psicoestimulantes, como a Ritalina®️, tem crescido entre universitários, especialmente na área da saúde, visando melhorar a concentração e reduzir a fadiga mental. O Brasil foi o segundo maior consumidor de Ritalina®️ em 2017. Estudos indicam que muitos estudantes iniciam o uso do medicamento sem prescrição médica, o que pode causar efeitos adversos, como insônia, dependência e aumento da ansiedade. Diante dessa realidade, este estudo tem como objetivo caracterizar o impacto do consumo de psicofármacos na saúde mental de estudantes universitários, analisando os efeitos psicológicos e comportamentais. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica, com coleta de dados realizada em bases científicas como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), incluindo as plataformas Lilacs, SciELO, PubMed, utilizando descritores, controlados extraídos do DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). Este estudo analisou o consumo de psicofármacos entre universitários, um fenômeno impulsionado pela pressão acadêmica e pela busca de alto desempenho. Os resultados indicam uma alta prevalência do uso não médico de psicoestimulantes, como o metilfenidato, e de antidepressivos, especialmente entre estudantes da área da saúde. A prática, frequentemente iniciada na graduação para lidar com ansiedade e fadiga, está associada a riscos de dependência e efeitos adversos. Conclui-se que são necessárias políticas institucionais de saúde mental para combater esse uso indiscriminado, promovendo o bem-estar estudantil.
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