A INFÂNCIA PENSANTE: MONTEIRO LOBATO E AS MEMÓRIAS DE EMÍLIA SOB A ÓTICA DA LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.61164/jhj3pg69Palavras-chave:
Monteiro Lobato. Literatura infantil. Emília. Crítica social. Imaginação.Resumo
O presente artigo analisa a contribuição de Monteiro Lobato para a consolidação da literatura infantil brasileira, destacando sua relevância histórica, cultural e pedagógica. O estudo apresenta um panorama da literatura infantil nas primeiras décadas do século XX, período marcado por traduções moralizantes e ausência de obras voltadas à realidade das crianças brasileiras. Nesse contexto, Monteiro Lobato surge como pioneiro ao criar narrativas voltadas para o público infantil nacional, com linguagem acessível, personagens autênticos e temas que unem fantasia, conhecimento e crítica social. A análise de Memórias da Emília (1936) revela a fusão entre autor e personagem, uma vez que Emília representa o alter ego de Lobato, manifestando sua irreverência, seu pensamento crítico e sua reflexão sobre a própria escrita. A boneca de pano, ao narrar suas memórias, rompe com os padrões tradicionais da narrativa infantil e adquire autonomia, tornando-se símbolo da liberdade criativa e intelectual do autor. Assim, a obra de Lobato ultrapassa os limites da literatura para crianças, transformando-se em instrumento de formação do pensamento e de valorização da imaginação como força transformadora da realidade.
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